Economia

Com estimativa de aumento da inflação, salário mínimo deve subir; veja o novo valor

O Ministério da Economia informou, nesta quinta-feira (16), que aumentou de 6,2% para 8,4% a estimativa de inflação de 2021 medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Esse indicador é usado para calcular o reajuste do salário mínimo de acordo com a inflação. Por isso, se o aumento se confirmar, o salário mínimo deve passar de R$ 1.100 a R$ 1.192,4 em 2022.

O rendimento está R$ 23,4 acima da expectativa do governo federal no Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2022. Nele, o salário mínimo estava estimado em R$ 1.169. O valor ainda pode sofrer novas alterações ao longo deste ano, com base nas projeções de aumento dos preços. 

Em 2021, o salário mínimo não repôs a inflação do ano anterior. A correção aplicada pelo governo foi de 5,26%, mas o IPNC ficou acima disso, em 5,45%. Para que não houvesse perda do poder de compra, o piso salarial teria que ser reajustado para R$ 1.102, e não R$ 1.100.

Em agosto, o secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Bruno Funchal, informou que os R$ 2 restantes serão recompensados pelo governo no fim deste ano – quando for enviada a Medida Provisória que corrigirá o salário mínimo em 2022.

Sem aumento real

Desde 2020, o salário mínimo é reajustado apenas pela inflação, com base na estimativa do INPC. Dessa forma, não há o chamado “aumento real”, isto é, o poder de compra de quem recebe salário mínimo continua o mesmo. O rendimento aumenta, mas os preços também aumentaram.

Até dois anos atrás, a política de reajustes considerava a inflação do ano anterior, medida pelo INPC, mais o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. Assim, a legislação garantia que o piso nacional tivesse aumento real, acima da inflação, sempre que houvesse crescimento econômico no país.

Mas nem sempre o salário mínimo subia acima da inflação. Em 2017 e 2018, por exemplo, foi concedido o reajuste somente com base no INPC porque o PIB dos anos anteriores (2015 e 2016) sofreu retração. Com a mudança na lei, o governo Bolsonaro optou por repor apenas as perdas.

 

Fonte: IG